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domingo, 7 de novembro de 2021

Fim da linha também pode ser recomeço

 Algumas dores sao tao sentidas por nos que acabam se velhas conhecidas.
A dor do "quase", ou do "nao deu em nada de novo", parecem gritar qual o sentido de tentar ? De novo e de novo? Como uma goteira caindo no mar... Simplesmente nao parece fazer diferença. A unica diferença é que a gente fica mais resistente pra acreditar, pra tentar, pra sequer começar.

Sempre fui uma idealista, sonhadora, dessas pessoas bobas que ficam paradas na janela olhando a lua, ou um por do sol. Dessas que adoram abraços apertados, de receber mensagens e demonstraçoes de afeto inesperadas. Dessas que estao lutando a cada segundo de cada dia para nao deixar de acreditar no amor, na fidelidade, na verdade das coisas. Que estao lutando pra nao deixar o mundo nos engolir e nos transformar em robos. 

Mas sabe qual o problema com esse tipo de pessoa? Elas se doam totalmente, sem reservas. Se doam tanto que esquecem de guardar algo pra si mesmas, esquecem que elas tambem precisam e sao dignas do mesmo cuidado, da mesma atençao, do mesmo esforço. E elas ficam ali, desejando pela reciprocidade que nunca chega, ou que chega um pouco tarde demais. 

Cheguei, enfim, ao fim da linha. Vinha ha tanto tempo empurrando com a barriga, e pelo tanto que ouvi de pessoas proximas "até onde voce vai aguentar isso ?". A resposta é: nao aguentei.

Tudo tem passado por cima de mim como um rolo compressor e nao sobrou mais nada. Nenhuma força, nenhuma vontade, nenhuma alegria, zero vitalidade.

Hoje, finalmente, pude começar a ter a ajuda que tanto precisava ha tempos. Comecei na terapia,  porque o buraco negro parecia nao ter mais fim e a agonia ja tava grande demais pra dar conta sozinha.

Para todos aqueles que estao preocupados comigo, vou ficar bem. Sempre fico. 

Toda Fênix renasce das cinzas. Resiliência.

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